A História Continua Como a Mestra da Vida

Prof. Dra. Andreia Regina Moura Mendes

Desde que fazemos nosso ingresso nas aulas de História do Ensino Fundamental, que aprendemos que ela tem um pai, chamado de Heródoto. É fato que ele foi o primeiro escritor ocidental a utilizar o conceito de Historia enquanto investigação sobre a vida, o costume de outros povos e também como forma de registrar as diferenças entre as outras sociedades e os helenos.

Porém basta recuar um pouco mais no tempo para entender que desde os primeiros raios da civilização grega já existia um cuidado especial por esta área, tanto que eles dedicavam um culto à musa Clio, responsável tanto por proclamar os feitos memoráveis dos homens quanto inspirar o diálogo entre eles.

Com a expansão da cultura helenística pelo mundo antigo, os saberes consagrados na Hélade encontraram solo fértil em Roma, que foi conquistada pela cultura grega e tomou para si muitos dos elementos que hoje são parte essencial do Ocidente. E foi justamente em Roma que o célebre político, advogado e filósofo romano Marco Túlio Cícero afirmou que: A história é a mestra da vida.

Mais de dois mil anos nos separam desta percepção sobre o papel da História, entretanto sabemos que o ofício de historiar é dos mais relevantes tanto para a preservação da memória, mas principalmente para a compreensão das mudanças e permanências que as sociedades atravessam ao longo do tempo.

Cícero evoca a imagem da História como uma professora que nos ensina sobre causalidade, temporalidade e as transformações do pensamento humano. A História é assim uma docente atenta que nos conduz numa análise dos fatos e eventos, tanto da macro quanto da micro-história para que possamos compreender que as verdadeiras lições estão inscritas no tempo-espaço e que aprendemos através dos exemplos e modelos que podemos observar.

Neste dia 19 de agosto de 2021, convido todos os historiadores e historiadoras para celebrarem vivamente o nosso dia nacional para que possamos ser inspirados e inspiradores e, juntos, levar a compreensão que não existe presente sem passado e que a história continua como a mestra da vida.